sábado, novembro 08, 2008

Professores dizem que há mais cem autocarros neste protesto


Educação. Mobilização de sábado poderá exceder os 100 mil participantes
Foi a maior manifestação de professores de sempre. Mas oito meses depois da marcha da indignação, a mobilização prevista para amanhã poderá ser ainda maior. Ontem, segun- do dados da Plataforma Sindical, já havia mais cem autocarros mobilizados para o protesto do que os que em Março trouxeram a Lisboa cem mil professores para desfilarem contra a política do Governo.

O sistema de avaliação de desempenho será o principal motivo a trazer os professores à rua, com os sindicatos a pedirem a suspensão imediata do processo. Se em Março a possibilidade deste processo já causava um descontentamento tão grande, agora o tom crítico sustenta-se nas dificuldades práticas com que os docentes dizem debater-se diariamente para fazerem a avaliação. Na fase inicial, a definição dos objectivos individuais a cumprir por cada docente tem sido o maior problema. E que os sindicatos dizem já ter levado à suspensão do processo em dezenas de escolas.

Ao Terreiro do Paço, onde se concentram os manifestantes, chegarão pessoas de todo o País, garantem os sindicatos. Ao final do dia de ontem já havia 700 autocarros alugados prontos a rumarem à capital. O que leva Mário Nogueira, porta-voz da plataforma, a falar numa manifestação "extraordinária e gigantesca".

Carlos Chagas, presidente do Sindicato Nacional e democrático dos professores (Sindep), também disse ao DN que espera uma manifestação ainda maior do que a de Março. A previsão de uma adesão em massa levou até a plataforma a alterar o trajecto que estava programado para começar na Alameda da Cidade Universitária. "Da indignação à exigência: deixem-nos ser professores" será a faixa que seguirá à frente.

O Ministério negou esta semana que haja escolas com o processo formalmente suspenso, referindo apenas movimentos pontuais de professores. Há dois dias, o secretário de Estado adjunto e da Educação voltou a sublinhar que "não se podem confundir posições de grupos de professores com os órgãos representativos das escolas". | Com

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