Os sindicatos prevêem que a manifestação, desde o Terreiro do Paço até ao Marquês de Pombal, terá uma adesão "gigantesca", semelhante à que em Março reuniu em Lisboa cerca de 100 mil docentes. 16:45 | Sexta-feira, 7 de Nov de 2008
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António Pedro Ferreira
A Plataforma Sindical da Educação pretende que a manifestação de sábado seja um momento para "reaquecer os motores" para a luta a realizar este ano lectivo
Oito meses depois da maior manifestação de professores de sempre, os docentes regressam no sábado, dia 8, aos protestos para contestar as políticas educativas e o ambiente de "sufoco" nas escolas por causa da avaliação de desempenho.
Nas últimas semanas, centenas de estabelecimentos de ensino, segundo os sindicatos, pediram a suspensão do processo e, em alguns casos, suspenderam mesmo a aplicação do modelo. O Governo nega, afirmando não ter conhecimento de situações em que o processo foi interrompido por decisão dos órgãos legítimos das escolas.
O clima "muito complicado" e de "sufoco" que os professores afirmam estar a viver-se nas escolas deve-se às "burocracias e reuniões intermináveis" adjacentes à concretização da avaliação.
Algumas escolas alegaram que os professores estão "sem tempo" para os alunos e que o clima é de "cansaço, descontentamento, indignação e desmotivação", justificando assim o aumento significativo do número de pedidos de reforma, em grande parte antecipadas, ou seja, com penalizações associadas por não estarem cumpridos os anos de serviço exigidos.
Para a Plataforma Sindical da Educação, a manifestação de sábado não pretende ser uma repetição da Marcha da Indignação que em Março reuniu cerca de 100 mil docentes, mas antes um momento para "reaquecer os motores" para a luta a realizar este ano lectivo.
Pelo menos 700 autocarros, provenientes de todos os pontos do país, rumarão ao Terreiro do Paço, onde deverão chegar até às 14h30. Aí, estará montado o palanque de onde falarão os intervenientes no plenário e ainda 18 casas de banho amovíveis para os mais aflitos.
Terminado o plenário, o cortejo sairá em direcção ao Marquês de Pombal. Logo após o pano de abertura desfilam os professores do Norte, seguidos pelos do Centro, Sul e a fechar, os da Grande Lisboa.
Quatro ambulâncias da Cruz Vermelha acompanharão os manifestantes, para qualquer eventualidade. Emoções fortes não deverão faltar.
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